Muitos apontam que a oposição deveria fazer como Fábio Gentil e decidir imediatamente o candidato da Frente de Oposição, ao invés estabelecer critérios sérios para decidir o candidato no final do ano. Mas seria esse o melhor caminho para o grupo?

Em Caxias, enquanto o prefeito já decidiu indicar seu próprio sobrinho como candidato a prefeitura de Caxias, passando por cima do interesse e planos de aliados, a “Frente de Oposição” irá escolher seu candidato em novembro a partir de critérios estabelecidos em comum acordo entre os membros do grupo. Apesar de ser uma tática comum no meio politico, muitos têm criticado a forma de escolha e propõe que o nome da oposição seja escolhido agora. 

Fabio Gentil só conseguiu escolher seu candidato tão “rápido” porquê a decisão do líder do grupo depende apenas da vontade dele, pouco importa opinião dos aliados, as pesquisas eleitorais, a inexperiência do candidato ou a rejeição de ambos. Não é uma decisão de grupo, o grupo apenas segue. 

O prefeito não tem um projeto de grupo, ele quer apenas se perpetuar no poder através da sua família. Com isso, é evidente que o candidato não vai ser aquele que se adequa melhor a cidade ou aquele que teria sucesso em liderar o grupo, mas sim aquele que serviria cegamente os interesses “cabeludos”. 

Só é possível lançar um candidato com tanto tempo de antecedência quando se faz sem debate, sem participação do grupo, sem consulta e sem estratégia. A oposição decidiu um caminho diferente, esperar até o final deste ano para definir o candidato a partir de critérios estabelecidos em uma carta que será assinada ainda este mês pelos membros do grupo. 

De forma democrática, o grupo pretende garantir a unidade na oposição e escolher o candidato com as condições necessárias para derrotar o grupo Gentil. E não só escolher um candidato, mas definir as táticas mais acertadas para ganhar a eleição e elaborar um projeto de governo que dialogue com os interesses do povo caxiense. 

Apesar dos riscos dessa estratégia,  os pré-candidatos não vem se comportando com rivalidade, pelo contrário, é comum ver os membros da oposição em fiscalizações, denúncias e entrevistas juntos, mesmo disputando o mesmo cargo, como já foi visto agendas entre Paulinho e Daniel, ou entre Catulé Jr. e Adelmo Soares. E é isso que tem motivado apoiadores, o clima de unidade percebido por quem acompanha o grupo. 

Enquanto o prefeito e seu grupo não sabem em quem “bater” e assim os ataques se dispersam, os nomes da oposição seguem fortalecendo suas pré-candidaturas em meio às suas bases, isso sem partir pro ataque aos colegas de oposição, prática que vem sendo seguida por apoiadores de ambos os pré-candidatos. 

Com Informações: https://blogdoph.com.br